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  • Bolsonaro Chora Em Entrevista Ao Falar Sobre As Investigações: ‘Desumano’


  • Ex-presidente foi entrevistado pela Jovem Pan e se emocionou ao falar sobre sua trajetória e a perseguição à sua família

Em entrevista ao Programa Pânico, da Jovem Pan, nesta quarta-feira (3), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou emocionado ao falar sobre o cartão de vacinação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro

Bolsonaro confessou que não se vacinou contra a Covid-19 e afirmou que apenas sua esposa foi imunizada com a dose única Janssen, durante uma viagem para os Estados Unidos em 2021.

Ainda na entrevista, o ex-presidente afirmou que os agentes da Polícia Federal tiraram foto do cartão de vacina de sua esposa, Michelle Bolsonaro, sob suspeita de fraude.

Ele relatou que Michelle teve uma crise no ano passado e que, de acordo com o médico, a causa seria a vacina.

“Quando a Anvisa falou que ia abrir a vacina para crianças de 5 a 12 anos, eu liguei e falei: ‘Mas aqui está como possíveis efeitos colaterais, entre outros, palpitação, dor no peito e falta de ar, e que a recomendação é procurar o médico’. O que o médico faria para conter uma falta de ar? E falaram que não sabiam. Então falei que minha filha não iria tomar uma vacina que ainda é experimental”, disse Bolsonaro que também ressaltou um atestado para dispensar a filha da vacina. 

Bolsonaro afirmou que é vítima de perseguição e negou as alegações de fraude, dizendo que poderia responder às perguntas sobre vacinas e cartões sem problemas.

Ele se emocionou ao falar sobre o envolvimento de sua esposa e filha nas investigações, e disse que acredita que tudo isso é uma tentativa de denegrir sua imagem.

“Mexeu comigo, sem problema. Quando vai para esposa, para filhos, aí o negócio é desumano”.

Na manhã desta quarta-feira (03/05), a Operação Venire foi realizada com a finalidade de cumprir 26 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, executados em Brasília e no Rio de Janeiro.

O objetivo da operação é investigar a atuação de uma associação criminosa responsável pela inserção de informações falsas sobre vacinação contra a COVID-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

Durante seu mandato presidencial, Bolsonaro adotou o sigilo de 100 anos para informações do seu cartão de vacinação, alegando que se tratava de uma informação pessoal, apesar de afirmar publicamente que não havia se vacinado contra a COVID-19.

Em fevereiro deste ano, a Controladoria-Geral da União divulgou o início de uma investigação preliminar sob sigilo, com o objetivo de apurar possíveis casos de adulteração do cartão de vacinação.